sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

“Sapatadas, gravatas, bravatas e outras modas da política”

Capaz de arrancar os mais efusivos elogios e dentro do espírito de globalização, o tema do Bloco Carnavalesco “Demônios Acadêmicos da Benjamin” abrange os fatos mais - ou menos - importantes acontecidos no mundo da moda política, principalmente neste início de gestões públicas inovadoras e, dentro do cenário mundial.
Utilizando apenas uma das armas, falamos dos sapatos, objeto importante no vestuário mundial.
Vejam vocês se não é importante se pensar no tipo de sapatos que se deve usar, de agora em diante, pensando sinceramente nas sapatadas que podem proporcionar, dentro do sentido unilateral da palavra.
Usando um sapato de cromo alemão, costurado à mão e com solado fino de couro, pode-se proporcionar uma sapatada clássica e internacionalizada, carregada de enormes porções de chucrutes e mostarda preta, azeda, mas clássica.
Caso fossemos transportados por sapatos de grosso couro curtido e com solados “tipo amazonas” - lembram-se deles? – poderíamos receber belas sapatadas de marca, marca na pele e arroxeadas feridas. Nada clássica mas, dolorida.
Os já mais modernos “sapatênis” seriam capazes de impulsionar os pés para “sapatenizadas” menos violentas, visto a sua enorme elasticidade e conforto proporcionado.
Já as botinas ... – tipo coturno – essas não dá nem pra pensar. Suas sapatadas podem ser ouvidas e sentidas desde os mais remotos tempos, vindos da Europa, da América do Norte, dos países de vermelhidão constante e de outros menos inteligentes que insistem em provocar conflitos mundiais irracionais e covardes, ceifando vidas e tirando, em pleno século XXI, o direito de se viver em paz.
Num tempo em que os sapatos estão tão em moda, juntamente com as gravatas, milhões de pessoas no mundo ainda andam descalças e não vivem, vegetam pelos cantos dos países, sedentos de comida e amor. Sobrevivem das migalhas dos países ricos que mais se preocupam com suas potencialidades bélicas do que com a vida humana.
Mas, vamos lá... sapatos...
Um mocassim, usado sem meias, pode ganhar notoriedade e exuberância em sapatadas sutis e delicadas, típicas das elites dominadoras.
Um belo sapato de verniz – usado durante o dia só pra causar comoção nas pessoas ligadas à moda - deveria provocar sapatadas de estilo e sofisticação, irmanando e solidificando a ignóbil parafernália da moda dos abusos e desmandos desse país.
Lembrando o mui antigo costume das mães de outrora – chinelo na bunda – não somos favoráveis a esse tipo de educação, visto ao ardor que ainda sentimos.
Caso o acaso tire as pantufas do armário, para esquentar os pés nos rigorosos invernos, poderiam proporcionar “pantufadas” coloridas, com o advento de bichinhos, de bolinhas vermelhas e outras afins, leves marcas na pele fria, avermelhada e ressecada.
- Cuidado com os sapatos de amarrar ou de fivelas! Eles podem causar dores fortes e marcar definitivamente o corpo, principalmente se vierem de mãos que detêm o poder e aplicadas com vigor e energia.
As chuteiras, quando usadas pelos craques de bola, tornam-se coadjuvantes de espetáculos magníficos mas, quando envergadas pelos asnos que insistem em correr atrás da bola, podem provocar ferimentos graves e eternas lembranças.
As sapatilhas, vestindo pés de bailarinos e suavizando os passos da dança ocasionalmente podem causar efeitos colaterais. Haja dedos e panturrilhas para suportar os saltos e deslizes.
Usando agora um instrumento muito em moda, em todos os sentidos, vamos tomar uma “sapatada” vinda de um tênis. Caso seja um tênis de marca famosa, original, a probabilidade de causar ferimentos é remota. Sua qualidade supera a dor e até dá orgulho ser bombardeado por um autêntico “NIQUE”. Agora, se for falsificado, cuidado: “- Os estragos podem ser devastadores para quem for surrado ou para os pés de quem usar!”
De agora em diante vou medir melhor o modelo e o tamanho do meu sapato...

P.S – 1: Fabião, que sapato “cê” tá usando?
P.S – 2: Parece que a Graxa da Câmara Federal está em alta:
Procurem saber sobre a licitação aberta para a “engraxataria” ds sapatos dos nossos parlamentares. Segundo boatos, aqui donde eu moro, foi aberta uma licitação para contratar esses serviços, num total de R$ 3.135 milhões por 12 meses, o que dá R$ 261 mil por mês ou ainda, R$ 8,700 mil por dia.
Que bela sapatada!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário